
Me sentei num bar lotado, frente a multidão, e por um instante me perguntei o porquê eu pensava tanto em você. “Não tenho nada a perder”, eu afirmava a mim mesma.
O dono do bar perguntou se quero beber algo, de certo não quer ninguém sentado em seu bar sem consumir nada. “Não decidi, ainda, meu caro”. Há tanta coisa mais importante pra me preocupar que uma bebida é o de menos, mas prometo me decidir em alguns minutos. Assim que eu parar de pensar nele, quem sabe.
Drinks sendo feitos, pessoas entrando e saindo, e la estava eu sentada fitando o vazio.
Alguns minutos se passaram e la vem ele de novo, o dono do bar.
“Ainda não decidi”, repito.
Ele vira as costas e você volta à minha mente. Me questiono o quanto vamos demorar para nos entregar a nós mesmos. Embora não saiba o que você espera de mim, espero que eu possa continuar te vendo. Meu medo é continuar te vendo, e sendo assim, me acostumar com isso.
Mesmo sabendo que pensar nisso não vai resolver nada, continuo sendo teimosa, querendo pensar em você.
La vem o dono do bar, e eu negarei outra bebida, pela terceira vez, mesmo sabendo que eu adoraria um vinho seco e um abraço teu.
Ambos não posso ter.